Como tirei 99 no TOEFL em 26 dias e com menos de 300 R$ – Pt 1.

Será que é possível tirar uma nota boa no TOEFL sem ser um “expert” ou até mesmo “fluente” em inglês?

Não quero te iludir, mas eu realmente não me considero fluente em inglês, nunca morei fora do país e costumo falar em inglês com pouca frequência.

Por outro lado, eu fiz um curso de 2012 a 2014 e por conta de cursos de pós-graduação já li muitos artigos científicos em inglês. Além disso, eu adoro ler livros e claro, assistir a diversos filmes e séries nesse querido idioma.

Bom, você deve estar achando que eu estou contando história, porque na verdade eu já tenho uma boa experiência com o inglês para fazer um exame de proficiência.

Talvez você tenha razão em pensar dessa forma.

Entretanto, o TOEFL não é simplesmente um exame de proficiência, ele é “O” exame pois te cobra conhecimentos em todas as áreas do inglês:

Reading (leitura), listening (escuta), speaking (conversação) e writing (escrita).

Ou seja, além de ser uma prova complicada e extensa (em torno de 3h30min), vai te cobrar muito conhecimento da língua.

A nota máxima desse exame é de 120 pontos. Ou seja, meus 99 pontos são correspondentes a 82,5%.

É uma nota boa? Sim, é uma nota bem aceitável (>85) e que te coloca em posição de ser aceito em boa parte das universidades no exterior.

No entanto, existem instituições e editais mais exigentes, que podem exigir uma nota acima de 110.

De forma direta, se você não possui qualquer conhecimento de inglês e precisa fazer o TOEFL, talvez esse conteúdo não seja o ideal pra você.

De qualquer forma, se você decidir continuar a leitura, meu objetivo aqui é te mostrar quais foram as estratégias que eu utilizei para fazer essa prova e te mostrar EXATAMENTE como foi minha preparação que durou 26 dias e custou exatos R$ 291,76.

Para isso, precisei dividi essa jornada em DOIS artigos.

Por fim, ressalto que as técnicas compartilhadas aqui podem ser aplicadas para qualquer coisa que você queira aprender, portanto é interessante que você leia, mesmo sem ter interesse direto no TOEFL.

Minha primeira experiência com o TOEFL

Vou iniciar essa jornada contando a história da primeira vez que fiz o TOEFL no ano de 2012. Isto porque, a experiência me trouxe um grande aprendizado, que é interessante que você saiba.

Na época, eu somente havia feito aulas de inglês na escola e tinha um conhecimento bem raso da língua.

No entanto, eu acreditava que conseguiria tirar um “notão”.

Dessa forma, certo de que eu era capaz de conseguir a nota para concorrer a uma bolsa no programa “Ciência Sem Fronteiras”, me inscrevi para fazer o TOEFL.

Eu precisava tirar apenas 72 para poder concorrer e a prova já valia 120 pontos.

Minha primeira estratégia de preparação foi adquirir um livro. Naquele tempo, não havia tanta informação disponível na internet, então comprei o primeiro que vi pela frente.

Por sorte, o livro era bom e tenho ele até hoje, que é o “Longman Preparation Course for the TOEFL Test”, 2ª Edição.

No entanto, se eu fiz 6 lições com esse livro, foi muito. Me lembro que eu ficava nervoso só de estudar pra prova.

Desse modo, meu rendimento era MUITO baixo, pois eu mal conseguia me concentrar.

Além disso, na época eu não tinha conhecimento algum sobre estratégias de estudo e formas eficientes de preparação.

Bom, como era de se esperar, tirei apenas 66 na prova, o que era insuficiente para me inscrever no edital.

Por outro lado, o que ficou de lição dessa oportunidade foi que o TOEFL era MUITO MAIS do que um teste de proficiência.

Na verdade, ele testa suas habilidades em um contexto acadêmico.

Ou seja, se você está fazendo o teste para tentar uma vaga em alguma universidade no exterior, ele vai verificar se você está REALMENTE preparado para isso.

Dessa forma, as questões são muito semelhantes a assistir a aulas, situações cotidianas no campus e se comunicar com as outras pessoas.

Portanto, não fique brabo com a prova achando que você vai ter que estudar somente para o TOEFL.

Sua preparação é um grande passo para estar mais seguro nas situações que você vai enfrentar no seu período fora do país.

Destrinchando a estrutura da prova

De volta a 2021, desta vez o primeiro passo da minha preparação para o TOEFL não foi sair comprando um curso ou contratar um professor particular.

A primeira coisa que eu fiz foi compreender a estrutura da prova.

Bom, você deve estar se perguntando o porquê começar pela estrutura, certo?

Simplesmente, porque o TOEFL é uma prova contra o tempo.

Você precisa ser ágil nas respostas e a melhor forma de fazer isso, é saber como tudo funciona antecipadamente.

No meu caso, embora eu já tivesse feito a prova, eu só me recordava que a prova possuía 4 seções.

Portanto, praticamente tive que começar do zero.

Sendo assim, eu recorri a alguns vídeos no YouTube e alguns sites em inglês, que vou compartilhar no final do artigo.

O que eu quero que você tenha em mente agora, é que o que menos importa é a forma como você vai aprender a estrutura da prova.

O fato é que você precisa obter esse conhecimento de alguma forma.

É isso que irá nortear seus estudos. Você precisa saber as regras do jogo antes de começar a treinar para ele.

Portanto, não perca tempo e aprenda logo como a prova funciona para aumentar a eficiência dos seus estudos.

Novamente, é importante que você se atente ao fato de que O TOEFL é uma prova contra o relógio.

Isso significa que você possui um tempo pré-determinado para concluir cada uma das 4 sessões da prova.

Ou seja, além de conseguir responder as questões, você tem que ser hábil o suficiente para dar essas repostas no menor tempo possível.

Mas fique tranquilo, tudo isso é treinável e eu vou te mostrar como otimizar esse processo.

NÃO cometa esse ERRO

Na etapa anterior, eu devo ter investido em torno de 1 semana.

Minha preparação se iniciou no dia 18 de janeiro, então na primeira semana eu basicamente assisti a vídeos e li muitos artigos sobre a prova.

Outra coisa que eu fiz, que eu considero importante, foi baixar o aplicativo duolingo no celular.

Embora seja um app para ter um aprendizado básico da língua, eu pude exercitar o listening e o speaking em momentos que eu tinha pouco tempo.

Afinal, você pode fazer uma lição em menos de cinco minutos.

Como eu trabalho durante o dia, eu só estudava pra prova de manhã bem cedo e a noite.

No entanto, sempre que eu tinha uns minutinhos eu fazia uma lição no duolingo e considero que isso foi interessante para deixar meu cérebro cada vez mais acostumado para enfrentar a prova.

Inicialmente, minha expectativa era de fazer a prova no dia 22 de fevereiro, então eu teria um mês inteiro para me preparar.

No entanto, por conta de alguns prazos, eu tive que fazer a prova no dia 15 e isso encurtou minha preparação em 7 dias.

Estou te falando isso, justamente para te explicar o ERRO que cometi.

Embora eu já suspeitasse das minhas principais fraquezas para a prova (speaking e writing), eu recomendo fortemente que você faça um teste simulado antes de focar em qualquer seção da prova.

Faça um teste simulado

Não cometa o mesmo erro que eu cometi, e eu te falo isso justamente para você OTIMIZAR seu tempo.

Isso porquê, não adianta você ser bom no Reading, e apenas ler textos ou responder questões.

Afinal, você já é bom nisso e talvez sua nota não aumente muito com essa prática.

Cada sessão da prova vale 30 pontos. Ou seja, se você já é 26 no Reading, talvez não seja a melhor estratégia melhorar para conseguir só mais 4 pontos.

Por outro lado, se você percebe que seu speaking é 15, há uma GRANDE margem para melhoria, e é aí que você ganha o jogo: ATACANDO SUAS FRAQUEZAS.

No meu caso, fiz um teste simulado apenas no dia 11 de fevereiro, ou seja, 4 dias antes da prova.

Minha preparação teria sido bem mais eficiente se eu tivesse feito esse simulado na primeira semana.

A sorte foi que as minhas suspeitas estavam certas. De qualquer forma, com um exame simulado, mesmo não havendo 100% de precisão, você sabe sua margem para melhoria.

No meu caso, a minha nota no simulado foi 102 e como você já sabe, no exame oficial eu tirei 99.

Com certeza, se eu tivesse feito esse simulado na primeira semana de preparação, a minha nota teria sido consideravelmente menor no speaking e no writing e muito provavelmente até nas outras seções.

Assim, eu iria saber EXATAMENTE o quanto eu precisava melhorar para atingir meu objetivo.

Melhorando o speaking

Essa foi a minha maior dificuldade na preparação para a prova. Embora eu já tivesse falado inglês em algumas ocasiões, tinha e ainda tenho uma certa lentidão para formular o que quero dizer.

Talvez, esse seja um dos principais agravantes para o TOEFL. Na sessão do speaking você precisa responder 4 perguntas, com um tempo curtíssimo de preparação.

Você terá em torno de 30 a 60 segundos para formular e em torno de 45 a 60 segundos para dar sua resposta completa.

Não existe outra forma de responder senão PENSANDO RÁPIDO, você piscou e tem que responder.

A grande sacada aqui é recorrer aos templates, que nada mais são do que estruturas prontas para responder as questões da prova.

Existem diversos tipos de questões e para cada uma delas um template específico. No entanto, você pode (e deve) criar sua própria base e dar as respostas de forma semelhante.

Ao final do texto eu vou deixar todos esses links com essas informações para você acessar.

O que eu quero te mostrar aqui é como eu exercitei essas habilidades básicas para ter sucesso na prova.

No meu caso, eu me preparei de duas formas: participando de conversações online e falando em inglês contra o relógio.

Conversações online

O primeiro plano que utilizei para treinar para o speaking foi procurar um grupo de conversação.

A questão é que eu não estava disposto a pagar por isso naquele momento, tendo em vista todos os custos que eu já teria com a prova (falarei mais disso no segundo artigo).

Depois de muita procura e de perder algum tempo com alguns aplicativos o qual eu não recomendo que vocês utilizem, encontrei o site meetup.

Esse site nada mais é do que um local onde as pessoas postam links de reuniões sobre assuntos específicos. Nesse local, encontrei poucos grupos de conversação, mas que foram muito interessantes.

Também encontrei uma escola que disponibiliza uma semana de acesso grátis ao site e depois libera o acesso a 1 sessão de conversação por semana.

Essa é uma dica que irá te economizar algum tempo, pois é realmente difícil encontrar grupos de qualidade ou até mesmo escolas de inglês que possuam essa opção a preços acessíveis.

Esses acessos foram completamente gratuitos, mas existem opções pagas também.

Speaking com cronômetro

Para a segunda estratégia, que eu considero a mais importante, procurei modelos de questões do TOEFL e passei a respondê-las contra o relógio.

Dessa forma, eu cronometrava o exato tempo que eu teria na prova para formular e responder à questão. Além disso, eu gravava todas as minhas respostas e depois ouvia para ver o que podia melhorar.

Nesse processo, eu me certifiquei de estar com os templates memorizados para usar nas minhas respostas. Por isso, visando simular ao máximo a situação da prova, somente nas primeiras vezes eu respondi olhando para o template.

As formas que memorizei os modelos de respostas foram com mapas mentais e recordação ativa.

Sobre os mapas mentais, temos um vídeo introdutório aqui no blog e eu basicamente utilizei a estrutura ensinada lá.

A recordação ativa, talvez seja uma das coisas mais simples a serem feitas, mas eu garanto pra você que é altamente efetiva.

Eu simplesmente, escrevia os templates “da minha cabeça” em diversos momentos.

Por exemplo, antes de iniciar uma sessão eu recordava os modelos de perguntas e escrevia os templates em um papel sem qualquer tipo de consulta.

Posteriormente, eu simplesmente conferia se estavam corretos e focava em memorizar as partes que estavam faltando ou erradas.

No começo, minhas respostas eram horríveis e eu dificilmente conseguia responder de forma adequada. Especialmente porque os templates ainda não estavam completamente memorizados.

No entanto, conforme fui praticando, melhorei consideravelmente.

Outro aspecto interessante sobre o speaking, é que no teste simulado que eu fiz, havia a correção com um feedback muito interessante dessa seção.

Por isso, se eu tivesse feito esse teste logo no começo da minha preparação, provavelmente eu teria me saído muito melhor.

Confesso que minha nota ficou abaixo do que eu esperava nessa seção. Eu queria ter feito pelo menos 24 pontos, mas só consegui 22. Com essa nota meu nível de speaking é intermediário-avançado de acordo com o TOEFL.

De qualquer forma, pensando no tempo de preparação e nos erros que cometi, considero que ficou de bom tamanho.

Melhorando o Writing

Definitivamente essa foi a seção que eu mais obtive melhorias na minha preparação.

Nessa seção, você precisa escrever dois textos, um sobre um assunto aleatório, expondo sua opinião ou preferência.

E outro, em que você ouve uma aula sobre determinado assunto e precisa sintetizar o que aprendeu.  Por isso, você também precisa estar com o listening em dia para conseguir se sair bem nessa questão.

Confesso que uma das minhas maiores dificuldades com o inglês é a gramática. Embora eu consiga interpretar perfeitamente, era um desafio formular textos de forma adequada.

Mesmo ciente das minhas dificuldades, inicialmente não dei muita bola para isso. Especialmente, porque li em alguns sites que os avaliadores até toleram alguns erros gramaticais, desde que esses não prejudiquem a compreensão do texto.

Ou seja, o principal na seção é conseguir expressar sua opinião ou a mensagem contida na aula. Ao mesmo tempo, isso não significa que você pode escrever tudo errado, obviamente você perderá pontos com isso.

Para essa seção, usei uma estratégia semelhante à do speaking, memorizando os templates. Esse processo ficou muito mais fácil pois os modelos, embora mais complexos, são semelhantes.

Além disso, escrevi pelo menos dois textos por dia, quando passei a me dedicar com mais afinco para essa seção, no dia 01 de fevereiro.

No começo, meus textos eram bem “rudimentares”, não precisava ser um expert para ver que estavam ruins.

Novamente, utilizei o cronômetro e minha maior dificuldade era sintetizar e escrever em inglês com velocidade.

Nas primeiras tentativas, eu não conseguia escrever tudo dentro do tempo estabelecido.

Mesmo assim, mesmo sem completar o texto, eu lia novamente, corrigia os erros e concluía as partes que estavam faltando. Outro ponto importante, é que o TOEFL sugere um número mínimo de caracteres para que você consiga abordar todos os pontos necessários, fique atento a esse detalhe.,

Com a prática, minha escrita foi ficando mais ágil e eu conseguia escrever os textos tranquilamente dentro do tempo. No entanto, eu ainda estava comentando muitos erros gramaticais.

Utilize um corretor ortográfico

Existem duas formas rápidas de corrigir seus erros, utilizando um corretor ortográfico e pagando para que alguém corrija pra você. Obviamente, eu optei pela primeira opção e uma ferramenta que me auxiliou muito nessa atividade foi o Grammarly.

Esse aplicativo é um corretor ortográfico para o inglês e que possui muitas funções interessantes de forma gratuita. Embora o word também possua corretor o do Grammarly é MUITO mais preciso.

Além disso, eu escrevia todos os textos no Wordpad, justamente para que o programa não corrigisse os meus erros ortográficos na hora em que eu escrevia.

Depois de concluir, eu abria um google docs e colava meu texto para que o Grammarly sugerisse as correções.

O grande problema ao estudar para essa seção, foi a dificuldade em encontrar modelos de questões. Especialmente para o texto que envolvia ouvir uma aula e sintetizar as informações passadas pelo professor. E por conta disso, eu decidi que era a hora de investir em um material de preparação.              

No entanto, o final dessa história vai ficar para o próximo post, pois já me estendi muito por aqui.

Links úteis e próximos passos

No próximo artigo eu vou compartilhar com vocês minha preparação para o listening, reading e algumas estratégias que utilizei para enfrentar a ansiedade na hora da prova.

Agora para esse primeiro texto, deixo alguns links interessantes que utilizei nessa primeira etapa e que provavelmente irão se repetir na parte 2 desse artigo.

Compreender a estrutura da prova:

Best My Test – Esse talvez seja o mais completo que encontrei. Gostei bastante dos materiais e tem muita informação de qualidade gratuita.

TST Prep – Esse é outro site excelente que possui muitas informações e templates gratuitos disponíveis.

Praticando o Speaking:

Meetup – Esse site possui o agendamento de alguns grupos de conversação gratuitos.

English Brazil – Esse site possui um plano de acesso de testes gratuito de 7 dias e depois você acessar 1 sessão por semana de forma gratuita. Existem opções pagas também e outros inúmeros recursos.

Templates – Disponíveis tanto no Best My Test como no TST Prep.

Praticando o Writing:

Grammarly – Instale esse app no chrome para correção dos textos, essa ferramenta me ajudou demais.

Templates – Disponíveis tanto no Best My Test como no TST Prep.

E aí, o que achou dessa jornada até aqui?

Deixe seu feedback e fique a vontade para apontar mais erros que eu cometi que possam ter passado despercebidos por mim e claro, sugerir melhorias desse processo.

Meu objetivo aqui é mostrar como eu utilizei todas as ferramentas que ensino aqui no blog para turbinar a minha preparação.

E é claro que, mesmo escrevendo sobre isso, cometi MUITOS ERROS e escrever esses artigos é uma forma de perceber isso e fazer correções para que eu tenha muito mais êxito nos próximos desafios.

No segundo post, eu vou trazer todo o resto da minha preparação.

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